Na segunda-feira o regime Bielorruso, de Alexander Lukashenko, desviou para Minsk um voo comercial da Ryanair, proveniente de Atenas com destino a Vílnius na Lituânia, com a intenção de deter Roman Protasevich, um jornalista considerado incomodo ao regime que havia fugido para fora do país. Para o conseguir o regime forçou uma aterragem de emergência sob pretexto de uma ameaça de bomba a bordo, naquela que foi uma manobra absolutamente inaceitável de sequestro de uma aeronave europeia para servir os desmandos de um ditador!… Perante uma acção desta natureza, e numa reacção bastante rápida a União Europeia decide fechar seu espaço aéreo para companhias bielorussas assim como exige a libertação imediata do jornalista detido. Os EUA reagem no mesmo sentido e igualmente de forma rápida… Mas se é verdade que se tratou de uma reacção rápida, não é menos verdade que, a mesma, acaba por me parecer escassa dada a gravidade da situação!… Até quando Lulashenko continuará a actuar como se tudo lhe fosse possível?… Hoje foi um avião comercial da Ryanair e uma prisão ao arrepio de todas as regras… amanhã será o quê?…
Entre portas foram-se ouvindo reacções dos vários partidos com assento parlamentar, condenando o acto e pedindo reacções enérgicas da comunidade internacional, mas não posso deixar de registar o silencio ensurdecedor de BE e o PCP!… Porque será? Estariam estes senhores tão caladinhos se o protagonista fosse de uma outra “família politica”? Fica a questão!
No mesmo dia e no rescaldo do congresso do Bloco de Esquerda, a líder parlamentar do Partido Socialista, Ana Catarina Mendes, acusa o Bloco de não conseguir passar “de um partido de protesto” para “um partido construtor de soluções”!… Pois é cara Ana Catarina Mendes, acordaram agora? Perderam o aliado… o melhor é aceitar que dói menos!
Ainda na segunda-feira o tribunal condena André Ventura por “ofensas ao direito à honra” por ter chamado de bandidos a uma família residente no Bairro da Jamaica, durante o debate com Marcelo Rebelo de Sousa na corrida às eleições presidenciais. Muito bem!… Muito bem mesmo!…
Na terça-feira arrancava a convenção do Movimento Europa e Liberdade (MEL) que contaria com intervenções dos dirigentes dos vários partidos da direita com assento parlamentar!… Estranhei a presença do Chega nesta iniciativa!… Um partido que nada tem em comum com os princípios europeístas, inclusivos e anti populistas que norteiam aquele movimento1!…
Na quarta-feira o Governo anuncia que o processo de vacinação contra a covid-19 será acelerado “a nível nacional” e não só em Lisboa como havia sido anunciado uns dias antes, num esclarecimento que me pareceu não apenas necessário como também correspondendo a algo que me parece absolutamente justo!
Entretanto Marcelo Rebelo de Sousa defende que se repense a matriz de risco tendo em conta a taxa de imunidade actual da população! Sinceramente entendo a opinião de Marcelo… temos hoje as faixas etárias de maior risco vacinadas, pelo que deveria ser aceitável uma incidência um pouco mais alta sem que isso ponha em causa o funcionamento do Serviço Nacional de Saúde!…
No plano internacional o Presidente da Bielorrússia respondeu com ameaças às sanções impostas pela União Europeia dizendo: “Somos um país pequeno, mas responderemos adequadamente. Há exemplos parecidos no mundo. Mas, antes de se agir sem pensar, há que recordar que a Bielorrússia é o centro da Europa e que, se aqui estalar algo, será uma nova guerra mundial“!… Eu bem disse que a resposta a este ditador foi demasiado branda!
Na quinta-feira o executivo prolongou a situação de calamidade até 13 de junho, com dois conselhos a recuar no desconfinamento (Arganil e Golegã), dois conselhos que não avançam (Montalegre e Odemira), e sete que ficam em alerta (Chamusca, Lisboa, Salvaterra de Magos, Tavira, Vale de Cambra, Vila do Bispo e Vila Nova de Paiva).
No mesmo dia, e perante o anúncio de greve, para a primeira quinzena de Junho, por parte dos inspectores do SEF, o Governo anuncia requisição civil justificando-a com a necessidade de assegurar a segurança das fronteiras do país ainda mais em contexto de pandemia. Creio que está certo o governo!
Ainda na quinta-feira a Visão2 dá-nos conta de dois estudos científicos, um publicado na prestigiada revista Nature e outro no site de investigação BioRxiv, e que concluíram que a imunidade ao vírus SARS-COVII pode durar anos ou, até mesmo, a vida inteira. Os dois estudos demonstram que as células que retém a memória do Virus (células B) permanecem na medula óssea e a sua quantidade permanece estável após 12 meses! As duas investigações sugerem ainda que os recuperados da doença necessitam apenas de uma dose da vacina para atingir uma imunidade bastante alta e duradoura. Boas notícias pois então!
Sexta-feira temos mais uma reunião de peritos no Infarmed para avaliação da situação epidemiológica em Portugal… e… ao contrário do que tinha sugerido Marcelo Rebelo de Sousa… não foi aconselhada uma alteração da matriz de risco. Os especialistas reconhecem que a situação actual é de incidência baixa a moderada, que a maior incidência se registou no grupo entre os 20 e os 40 anos e que, nos maiores de 80 anos, continuamos a observar uma “tendência decrescente”, fruto da vacinação. Reconhecem ainda que não se registaram mortes em pessoas com a vacinação complecta e que as hospitalizações continuam a descer!
Apesar disto destacam que restam muitas incógnitas, designadamente no que diz respeito às novas variantes e que, por isso mesmo, não é o momento para uma revisão de critérios para a definição de risco.

O Presidente da República insistiu que a descida do nível de risco deveria justificar que se comecem a tomar em conta os custos económicos e sociais de forma mais substancial!… Pois eu acho que Marcelo tem alguma razão… no entanto, os Portugueses não lhe estão a facilitar a vida com alguns comportamentos que podem voltar a aumentar o risco!
Ainda na sexta-feira, Lisboa volta a ser avisada para o que aí pode vir, com a ministra da saúde a dizer que, como qualquer outro território, se mantiverem a incidência acima do limite que serve de referencial à matriz de risco, terão de enfrentar um recuo no desconfinamento!
No Sábado Portugal volta a não registar qualquer morte por COVID-19 é o oitavo dia sem mortes desde 19 de Abril!…
Entretanto a DGS indica que as pessoas com menos de 60 anos a quem foi administrada a primeira dose da vacina da AstraZeneca vão completar a vacinação com uma dose da vacina da Pfizer ou da Moderna. Pois que assim seja…
Mas sábado foi também, a final da Liga dos campeões no Estádio do Dragão e… uma vez mais… foi o descalabro!… Agora não com Portugueses, mas com adeptos ingleses das duas equipas!… Eles foram os adeptos aos magotes… sem máscara… a beber na rua… a vandalizar o que podiam… a agredir policias… enfim… houve de tudo! Outra vez!
Bem sei que não era fácil controlar aquela mole de adeptos… mas foi isso que nos foi prometido!… Mais… foi isso que nos foi garantido!… Só que, das duas uma, ou se garantiu algo mentindo de forma consciente, o que é grave… ou se garantiu isso mesmo, mas se voltou a planear com os pés, o que também é grave!… Num país onde houvesse vergonha na cara, já teriam havido pedidos de desculpa e demissões!… Por cá, mais do mesmo!
No Domingo foi eleita a nova direção nacional do Chega com 79% dos votos. André Ventura vê, assim, a sua liderança reforçada num partido que se confunde com ele próprio. Sem surpresas!
Mas domingo foi, também, um dia grande para o desporto nacional com dois Portugueses em destaque em duas modalidades distintas. Primeiro foi Miguel Oliveira a conseguir a segunda posição no Grande Prémio de Itália em MotoGP. Depois foi João Almeida a garantir, no contra-relógio final, a sexta posição no Giro de Itália… deixando a sensação de que, não fossem as escolhas erradas da sua equipa no início da prova, e talvez estivéssemos hoje a festejar uma posição ainda mais impressionante…
Quanto ao balanço da pandemia, este domingo voltamos a não registar nenhum morto por COVID-19, desta vez pelo segundo dia consecutivo! Em relação à matriz de risco, a incidência situa-se agora nos 59,6 casos por 100.000 habitantes e o índice de transmissibilidade R(t) nos 1,073. Estes números confirmam a tendência de crescimento da pandemia iniciada na semana passada. No entanto, esta tendência continua a não ser acompanhada pelo crescimento das hospitalizações e mortes naquilo que parece ser uma consequência do aumento do número de pessoas imunizadas. Ora este facto, a confirmar-se nas próximas semanas, corresponderá com certeza a uma nova fase com menos restrições e mais normalidade. Que assim seja é o que todos desejamos!
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