Esta semana, enquanto via as inúmeras fotos de amigos e conhecidos a receberem a segunda dose da vacina contra a COVID19, dei por mim a pensar que estamos a viver um momento histórico!
E é curioso que o estejamos a viver desde há vários meses, mas nunca, como agora, o senti de forma tão profunda e emocionada!
A verdade é que, apesar do número de infecções não estar a dar tréguas… os níveis de vacinação atingidos, estando longe dos desejáveis, já permitem que os hospitais sejam capazes de responder com alguma tranquilidade àqueles que deles precisam.
Não sou epidemiologista!… nem médico, nem enfermeiro!… Mas creio que não andarei longe da verdade se vos disser que acredito que a pandemia que vivemos hoje é, já, muito diferente daquela que vivemos até ao final do ano passado!…
O Virus é o mesmo!… e até com variantes mais contagiosas e quiçá mais agressivas!…
Mas a população é que já não é a mesma…
Com os principais grupos de risco vacinados a população está, hoje, capaz de aceitar níveis de infecção consideravelmente mais altos do que aqueles que era capaz de suportar quando estávamos todos virgens de imunidade!
É por isso que não sou capaz de compreender que continuemos a lidar com esta crise, exactamente da mesma forma, e com a mesma medida, que lidávamos quando tínhamos os hospitais sob ameaça, e tivemos de chamar ajuda médica externa para acudir a tanta necessidade de socorro!
Não compreendo que continuemos a obrigar o uso de máscara ao ar livre quando a distancia social pode ser assegurada!
Não compreendo que obriguemos a quarentena preventiva a quem tem o esquema vacinal complecto!
Não compreendo que se peçam testes para jantar em restaurantes nuns dias e não se peçam noutros!
Não compreendo que se façam os restaurantes fechar às 23h!… como se o vírus aumentasse o seu poder na hora da Cinderela!
E não compreendo nada disto!… Não porque não conheço as justificações de cada uma destas medidas!…
Não compreendo porque cada uma destas contradições serve, mais do que para proteger, para confundir as pessoas e para aumentar o cepticismo com que olham para todo este combate!
Num momento como este, do que menos precisamos é de mensagens contraditórias e titubeantes!… Num momento como este precisamos de clareza e determinação…
Precisamos de reforçar as medidas individuais de prevenção como o distanciamento social, as máscaras em locais fechados e quando não for possível manter o distanciamento social, e a lavagem, e/ou desinfecção, das mãos.
Precisamos de valorizar a vacinação… dando sinal da excelente protecção que confere a quem a toma… diferenciando, de forma clara, as medidas no antes e depois do processo vacinal complecto.
Precisamos prosseguir com a vacinação em massa, e se possível acelerar ainda mais, para que possamos atingir patamares de ainda maior protecção populacional.
E precisamos de decidir a partir de que nível de protecção deixamos de estar em situação de crise e devemos passar a uma nova fase, em que deixamos o vírus circular, sem criar uma pressão excessiva sobre a saúde da população.
Talvez esta ultima medida seja a mais difícil… mas vejo países com Israel e o UK a avançarem neste sentido… se calhar valeria a pena aprender com as suas experiencias para que, quando chegar a nossa hora, o possamos fazer em segurança.
A normalidade está a porta… asseguremo-nos de que a deixamos entrar!
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One thought on “Pode a normalidade bater à nossa porta?”