As eleições autárquicas são, talvez, o momento onde, o melhor da democracia e o pior da política, se misturam de uma forma mais clara!…
Por um lado, são estas as eleições onde proximidade entre eleitores e eleitos permite um envolvimento e uma participação sem paralelo no nosso país!… Por outro lado, são estas as eleições onde os caciques… a cultura do favor… e os compadrios mais se fazem sentir!…
Por um lado, são estas as eleições onde movimentos de cidadãos se autonomizam dos partidos e apresentam os seus projectos e ideais a sufrágio!… Por outro lado, é nestas eleições, que políticos condenados, no âmbito das suas funções autárquicas, acabam reeleitos e voltam á cadeira de onde praticaram os mesmos crimes!…
As autárquicas são, por isso, uma montra do melhor e do pior de nosso querido Portugal!… e assim tem sido por vários motivos, mas quase todos relacionados com a baixa expectativa que os portugueses têm em relação áqueles que elegem!…
E é isso mesmo que urge mudar!…
Esta cultura, que nos faz contemporizar com alguém que “roubou mas fez obra” por acharmos que todos roubam e alguns não fazem obra!…
Esta aceitação de serviços municipais disfuncionais por estarem cheios de “funcionários favor” em pagamento de um apoio eleitoral… ou de “funcionários família” que, como que, herdam uma “posição na câmara” porque “tem a mãe (ou o pai) lá dentro”!…
Esta desistência que nos faz aceitar o “mau conhecido” em vez de arriscar no que desconhecemos!…
Abordei já este tema num texto publicado a 8 de agosto (link) e então, como agora, apelei a uma maior exigência para com aqueles que elegemos!…
Mas hoje queria focar este pedido para o dia das eleições!… Que saibamos exercer o nosso direito (dever) de forma consequente com este nível de exigência!…
Que reelejamos aqueles autarcas que demonstraram competência e seriedade, e que continuem a oferecer ás populações uma proposta de futuro ambiciosa e que responda às exigências dos novos tempos!…
Que saibamos eleger aqueles que nos apresentam as melhores ideias e projectos!…
Seja qual for o seu partido… seja qual for a sua idade ou origem!
Mas que saibamos derrotar, nas urnas, aqueles que não pautaram a sua actuação pelo bem comum das suas gentes e instituições!…
Que saibamos derrotar nas urnas aqueles que não oferecem uma visão estratégica de futuro, que responda aos anseios e necessidades das populações que os elegem!
Seja qual for o seu partido!… Seja qual for o seu nome!…
É por isso que todos devem votar!…

Porque votar é, por excelência, uma enorme oportunidade de ajudar a definir o futuro das nossas terras!…
Porque não votar não é um acto de resistência… não votar é, sim, um acto de rendição!
Assim que… domingo… todos às urnas!
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Nota: O presente texto não corresponde a nenhuma tomada de posição, a favor ou contra, qualquer dos candidatos à Câmara Municipal do meu município!… É, sim, uma opinião de âmbito nacional a qual deverá ser lida, por cada um, a luz da realidade que vive em cada um dos municípios do nosso Portugal!