Crescemos com a crença que sucesso é um título pomposo… dinheiro no Banco… um carro de luxo e uma casa com piscina!…

Crescemos com a crença de que sucesso é um sítio onde, se tivermos sorte, chegaremos um dia!…
E tal é a força dessa crença que gastamos a vida a sonhar com o tal carro e a tal casa… que nos gastamos a procurar esse sítio… qual cume da montanha… onde seremos, definitivamente, felizes!
E, de tal modo nos focamos em passar de promoção em promoção… que vamos subindo… subindo… sem que verdadeiramente disfrutemos desse caminho!…
Tal é a força dessa crença que tendemos a confundir realização profissional com a rapidez com que conseguimos uma promoção…
Um verdadeiro desperdício!…
Sucesso não é nada disto!…
Nos meus 50 anos de vida conheci pessoas com carreiras extraordinárias que se sentiam um fracasso… e pessoas sem qualquer carreira e com uma vida complecta, exactamente, como sempre desejaram!
Conheci executivos de topo… com carreiras impressionantes… construídas enquanto perdiam família e amigos… e que chegaram ao momento da reforma com muito dinheiro, mas sem ninguém com quem o gozar…
Não me entendam mal, por favor…
O que estou a tentar dizer não é que o dinheiro não importa… nem que querer subir é algo mau… ou até mesmo que está errado desejar-se ter um carro topo de gama e uma casa com piscina!…
Também não estou a dizer que tenhamos de fazer uma escolha entre carreira e família!… Pela minha parte, sempre acreditei que se pode ter carreira e família… que se pode ter carreira, família e amigos… e que ainda nos pode sobrar tempo para outras coisas que nos deem prazer e equilíbrio pessoal!
Nada disto deve ser mutuamente exclusivo…
O que quero dizer é que, se nos focamos apenas num destes aspectos… corremos o risco de nos esquecermos de tudo o resto…
O que quero dizer, é que se o nosso foco estiver na pressa em chegar a algum lugar… se nos focamos apenas na próxima promoção… e depois na seguinte… e depois na seguinte… podemos obter títulos e ganhar dinheiro… mas dificilmente nos sentiremos realizados…
Em contraponto, se o nosso foco estiver centrado em disfrutar do caminho… em aprender com cada experiência… em crescer passo a passo… com ritmo, mas sem pressa… pode ser que o nosso percurso seja um pouco mais curto, mas chegaremos ao fim, seguramente, muito mais realizados e felizes!
É este o caminho que procuro fazer com cada um dos meus “mentees”… numa reflexão que procura muito mais a “felicidade do caminho” que a pressa de chegar… numa descoberta que é muito mais crescimento pessoal do que afirmação de vaidade!…
Enfim, num plano que é muito mais sobre “o como” do que sobre “o quê”?…
Porque afinal, é no “como” que passamos a maior parte das nossas vidas!
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#SociedadePortugal; #Mentoring; #CareerPlanning
Olá Hugo,
Muitas vezes o problema está em saber definir o “como”. Isto é o tipo de tema que devia ser discutido e abordado ao longo da aprendizagem cívica no ensino básico e secundário. Creio que isto se enquadra um pouco na definição de inteligência emocional, e que nos permite equilibrar a balança entre razão e coração, seja na forma como vemos as coisas, ou na forma como tomamos decisoes.
Em última instância, é na tomada de decisão que reside a última barreira para agirmos em conformidade.
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Estás certo Fred, isto tem que ver com inteligência emocional… e sim os jovens deviam ser ensinados a gerir este equilíbrio. abraço
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