Nos últimos anos tenho tido o privilégio de me ver aproximado por muitos jovens, talentosos, que me pedem para colocar a minha experiência ao serviço da construção do seu percurso profissional!
Basicamente, procuram uma pessoa a quem possam “confiar” as suas metas e anseios, mas também as suas inquietudes e inseguranças… na esperança de sair, dessa conversa, não apenas com uma visão mais abrangente acerca das suas possibilidades, mas sobretudo com uma nova confiança e energia!
No mundo das organizações chamamos-lhe “Mentoring”. E trata-se, nos dias de hoje, de uma das atividades de que tiro mais prazer!
Neste contexto tenho contactado com gente extraordinária… Miúdos (miúdos sim porque muitos deles teriam idade para serem meus filhos) com uma qualidade e uma ética de trabalho que sempre me surpreendem…
Alguns deles muito conscientes do que querem e com planos muitos precisos sobre como lá chegar… Alguns outros, mais perdidos por perceberem que a cada escolha se afunilam horizontes! Porque é mesmo assim… o acto de escolher tem tanto de procura como de renúncia… pois de cada vez que escolhemos seguir rumo a um objectivo… outros há que acabam por cair… ainda que seja “só por um tempo”…
Numa destas conversas, dizia-me uma jovem com quem tenho trabalhado, desde há algum tempo, que achava que não era suficientemente competitiva!
Dizia-me que gostava de desafios e sempre tentava superar-se… Que sempre dava o seu “Extra Mille” e, ao longo do processo, procurava observar com cuidado tudo o que podia ser melhorado… Acabou confessando que sentia prazer quando ganhava… só que, por outro lado, quando o resultado era outro isso não a deixava desiludida… ao contrário… que por várias vezes se achava “feliz” pelo vencedor! Numa espécie de “fair play” que, pensava, acabaria por a prejudicar!
Este testemunho levou-me de volta a uma reflexão que repeti várias vezes, nos últimos anos, a várias das minhas equipas.
A experiência ensinou-me que o desenvolvimento das pessoas se acelera quando em contexto competitivo!
A competição é um elemento fundamental para o auto aperfeiçoamento… ela força-nos a sair da nossa zona de conforto… obriga-nos a pensar além do óbvio… impulsiona-nos a uma reinvenção permanente.
Por isso gosto de competir… E gosto de proporcionar às minhas equipas um contexto competitivo que as leve à superação!
Mas “gostar de competir” não é exatamente o mesmo que “gostar de ganhar”…
Ou melhor, “gostar de competir” não é exatamente o mesmo que “gostar de ganhar a todo custo”!
Gostar de competir significa fazê-lo sempre com paixão… mesmo que a vitória pareça impossível …
Gostar de competir significa não ter medo do fracasso… porque cada falha nos ensina algo e nos aproxima de uma vitória futura! Porque o sucesso do outro não me diminui… antes me ensina como também o atingir, ou até mesmo superar!
Quem gosta de competir compete para ganhar… quem só gosta de ganhar, cede facilmente a estratagemas manhosos que, podendo assegurar uma vitória de curto prazo, não contribuem para o nosso crescimento… e por isso não nos ajudam ganhar de forma mais consistente.
Quem gosta de competir luta pela vitória até o fim… Quem só gosta de ganhar rende-se quando a vitória parece estar a fugir…
E é por isso, estou convicto, que quem gosta de competir ganha mais do que quem só gosta de ganhar!
E tendo dito isto… que diriam vocês à minha “Mentee”?
Gostou do que leu? Então, ajude-me a crescer seguindo este Blog e partilhando nas redes sociais!
Parabéns amigo! É isso tudo!
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Grande abraço, João!
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Pessoalmente acho que a competição é suadavel dentro das organizações, infelizmente o “ganhar a todo custo” é toxico para as mesmas e muitas vezes existe mais competição dentro da equipa do com os verdadeiros adversários que estão lá fora e não dentro.
No que diz respeito à juventude são um ingrediente essencial que quando mesclados com a experiência dos mais veñhos dão optimos “pratos culinários” 😀
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Nem mais Zito… Gostei da analogia culinária!
abraço
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Olá Hugo,
Revejo-me na descrição da tua “Mentee”, e acho que está num bom caminho. Eu tive a felicidade de ter partilhado uma mentoria contigo e o resto dos colegad na licenciatura que contribuiram a 200% para mudar a minha forma de ser, de estar e de pensar.
Ao dia de hoje atingi resultados que antes não pensava ser capaz, graças a todas essas vivências e aprendizagens. Mas continuo a não gostar do termo competir pelas diversas conotações negativas que lhe adjetivam, mas continuo a ter cada vez mais paixão por aprender e melhorar-me a mim próprio para ser capaz de retribuir a quem contribuiu para o meu crescimento, para o meu dia a dia, para a minha felicidade, para o meu desenvolvimento.
Aproveito o tema, para deixar um obrigado enorme e um abraço pelo exemplo que foste para mim (e acredito todos nós) e se o objetivo deste blog é deixar o mundo um pouco melhor, podes sossegar porque já ajudaste e muito, e provavelmente sem te aperceberes disso!
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Um grande abraço, meu amigo… Exagero teu, seguramente! Mas sabem-me bem essas palavras!..
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Por analogia….” Quem nunca errou, NADA fez na sua Vida !!
Beijinho
T. Evinha
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Exactamente Tia Evinha!… um dia destes escrevo aqui sobre isso mesmo!
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Fico a aguardar❗️
Beijinho
T. Evinha
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Excelente texto Hugo! Parabéns e abraço!
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Obrigado Orlando… fico feliz que tenhas gostado
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